Tirar ideias do papel e gerenciar projetos nem sempre é uma tarefa fácil, mas esse processo pode ser otimizado por meio de uma metodologia ágil, como uma sessão de Design Sprint.
Esse tipo de ferramenta é bastante comum no meio da tecnologia e pode render vários benefícios para o desenvolvimento de produtos das mais diversas naturezas.
Se você está buscando soluções para ganhar tempo e performance nos seus projetos, neste post você vai conhecer e aprender a usar Design Sprint para atingir esse objetivo. Vem com a gente!
O que é Design Sprint?
Começando do começo, Design Sprint (DS) é uma metodologia criada por Jake Knapp e vinculada à Google Ventures (GV), que tem como propósito organizar e otimizar processos de criação.
Ela contempla diferentes etapas, desde a definição do problema até a prototipação e os testes da solução desenvolvida; e acontece num período de apenas 5 dias.
O ponto de partida para uma Design Sprint é sempre a resolução de um problema e o segredo é uma equipe reduzida, específica e com foco na solução. Vamos de overview do método?
Para que serve?
Uma Design Sprint serve para encontrar, prototipar e testar soluções para grandes problemas de forma rápida e efetiva.
Quando usar?
- No início do projeto: para estudar o problema, definir uma solução que faça sentido e passar a desenvolvê-la;
- No meio do projeto: para solucionar algum obstáculo ou limitação durante o processo de desenvolvimento;
- Para alinhar o time: com a definição conjunta das soluções e estratégias de trabalho, a equipe consegue ficar na mesma página e realizar melhores entregas;
- Para ganhar tempo: por ser uma metodologia imersiva e bem dinâmica, ela é perfeita para acelerar qualquer projeto ou discussão.
Para quem é?
Principalmente para startups e equipes que precisam de soluções de design e/ou tecnologia para um produto ou demanda, mas pode ser adaptada para qualquer tipo de projeto, aplicando os conceitos essenciais de uma DS.
Quais suas metodologias-base?
Apesar de ser um método específico, a DS conta com outras metodologias – que você provavelmente já conhece – como base, usando-as de forma combinada para otimizar a geração de ideias e o processo de desenvolvimento como um todo. Algumas dessas metodologias-base são:
- Brainstorming;
- Design Thinking;
- Hackathon;
- Prototyping;
- Scrum.
Quem participa do time?
O time de uma Sprint pode variar conforme as demandas específicas do projeto, mas geralmente conta sempre com:
- Product Manager: para organizar e acompanhar o projeto;
- Desenvolvedores: para o desenvolvimento tecnológico do projeto;
- Designers: para o desenvolvimento visual do projeto;
- Pesquisadores: para se conectar com os usuários;
- Stakeholders: o CEO da Startup ou Investidor;
- Sprint Master: persona obrigatória para facilitar as sessões.
Por que vale a pena adotar essa metodologia?
Design Sprint significa fazer mais e melhor em menos tempo, graças a um ambiente propício para isso. Adotando essa metodologia é possível:
- Encontrar soluções criativas para problemas;
- Economizar recursos, como tempo e dinheiro;
- Incentivar o trabalho individual e coletivo;
- Aumentar a conexão e sintonia de times;
- Otimizar a comunicação e a produtividade;
- Amadurecer ideias novas ou muito complexas;
- Tirar projetos internos do papel;
- Investir de forma mais assertiva;
- Conseguir resultados palpáveis e validados.
Demais, né? Então, agora, vamos aprender a colocar o Design Sprint em prática?
Etapas de uma Design Sprint
Uma sessão de Sprint consiste em 5 passos básicos (esses aí de cima), distribuídos ao longo dos cinco dias do processo. Mas antes, é preciso se preparar para ela com alguns detalhes:
Requisitos e materiais necessários
O primeiro requisito para uma Design Sprint é definir um problema inicial, que seja desafiador, claro e precise de uma solução rápida e criativa.
O segundo é montar uma equipe adaptada às demandas do projeto e garantir que a agenda de todos os membros esteja livre para dedicação exclusiva a ele.
Terceiro, o Sprint Master precisa ser escolhido e ter um papel neutro dentro do projeto, sem poder assumir qualquer outra função além da de facilitador.
Por fim, os materiais necessários: post-its, caneta, papel, lousa e, principalmente, um relógio ou cronômetro, para controlar o tempo de cada uma das etapas, otimizar o processo e cumprir o prazo total do projeto.
Com tudo isso no jeito, é hora de dar o start nos dias e etapas do projeto. Bora?
Dia 1: Mapear
Para o primeiro dia, o objetivo é entender o problema. Aqui, os membros vão expor o que conhecem sobre o problema, estudar e realizar pesquisas, buscando alinhar e aprofundar o conhecimento do time a respeito das necessidades e possíveis soluções para o projeto – mas sem entrar muito a fundo neste último ponto.
Dia 2: Esboçar
No segundo dia, sim, o foco é elencar soluções, trabalhando com brainstormings, esquemas visuais e outros recursos para a geração de ideias inovadoras e funcionais. A dinâmica do dia pode envolver tanto trabalho individual como em grupo para que o maior número de soluções sejam levantadas.
Dia 3: Definir
O terceiro dia será o momento de filtrar as ideias do dia anterior e definir a melhor solução para o problema, a qual será desenvolvida nos próximos passos. Para isso, o time deverá pensar um pouco melhor sobre cada uma das ideias, pesar seus pontos fortes e dificuldades, sempre levando em conta as necessidades dos usuários e o prazo para a finalização do projeto.
Dia 4: Prototipar
Aqui, é hora de colocar a mão na massa e dar vida à solução escolhida! Como o prazo é apertado, o time precisa alinhar as tarefas e contribuições de cada um, escolhendo as ferramentas de forma racional e criativa, e criando o melhor protótipo para a ideia até o final do dia.
Dia 5: Testar
Por fim, o time vai validar a solução apresentando o protótipo a usuários reais, permitindo que eles testem e deem seus feedbacks em tempo real. No fim do quinto dia, o time deve também se reunir para discutir os resultados dos testes.
A partir daí, os próximos passos são absorver os feedbacks, desenvolver novos protótipos e testar novamente, até que o projeto seja validado e possa ser colocado em prática ou evoluir de forma mais detalhada. E é assim que novas ideias saem do papel com Design Sprint!
Como a Materialize acelera o desenvolvimento com Design Sprint
Aqui na Materialize nós colocamos em prática o melhor da metodologia Design Sprint para otimizar nossos processos e projetos e ela está presente em nossa rotina desde o dia 1.
Inspirados na versão Design Sprint 2.0, criada pelo estúdio alemão AJ & Smart, nós adaptamos as etapas e adicionamos o nosso “tempero” ao longo desses anos para tornar essa ferramenta ainda mais efetiva para nossos especialistas e clientes. Quer saber como?
- Turbinamos a DS com a inclusão de profissionais como UX Designers, Software Engineers e UX Researchers de forma estratégica nas etapas;
- A prototipagem e testes são realizados sem o cliente para uma maior liberdade do time nesses processos – porém, todos os testes são gravados e entregues para o cliente;
- A DS é 100% remota, podendo ser realizada de qualquer país e adaptada aos fusos;
- Trabalhamos apenas com especialistas e todos do time assinam um N.D.A, garantindo a confidencialidade da sua ideia e de todo o processo de desenvolvimento;
- Ao final do processo, entregamos um protótipo navegável de média fidelidade.
Ou seja, a nossa DS é ideal para aprimorar produtos ou serviços, dar segurança para investidores antes de um aporte e validar soluções antes de qualquer investimento em código. Além disso, estamos sempre buscando otimizações para ela.
Já pensou ver a sua ideia saindo do papel de forma rápida, visual e eficiente, com a validação do seu público? Então vem trocar uma ideia com a gente!